Recebemos de um de nossos colaboradores, cuja identidade será preservada porque além de ter sido solicitado, é a proposta do blog, as "demandas" da comunidade em relação ao nosso espaço.
Ressaltamos que tais demandas foram enviadas por e-mail à síndica e, obviamente temos prova dessa informação. Abaixo segue o texto e, depois, nossos comentários.
Ressaltamos que tais demandas foram enviadas por e-mail à síndica e, obviamente temos prova dessa informação. Abaixo segue o texto e, depois, nossos comentários.
Os moradores da comunidade dos Prazeres, representados por diversas lideranças locais apresentam a seguir suas solicitações para serem avaliadas pela assembleia que será realizada nesta data, a fim de encontrarmos soluções pacíficas para questões que nos últimos dias, após a instalação de um portão na entrada do condomínio, ocasionaram fatos lamentáveis e condenáveis que colocam em risco a harmônica (e histórica) convivência que caracteriza a relação dessa comunidade e do condomínio.
Nossas solicitações são:
Vagas para 20 carros (cadastrados previamente, com determinação específica de seu estacionamento. Sugerimos embaixo da jaqueira e nas duas ladeiras acima do portão)
Retirada da coluna divisória da passagem de pedestres ao lado do portão (para evitar trânsito de motos, sugerimos colocar um degrau)
Livre acesso para:
- Servicos públicos (SAMU - COMLURB - Bombeiros, etc)
- Taxis
- Material de Construção entregues em caminhão de pequeno/médio porte (com local determinado e prazo de 2 dias - além do de entrega - para retirada)- Entregas em geral (Mercados - Lojas - Etc)- Carros de mudanças- Motocicletas dos moradores (previamente cadastradas)Estabelecimento de uma agenda de encontros para discutir logo a seguir:- Soluções conjuntas para a questão do lixo apresentada na reunião do Condomínio- Uso comercial de espaços da comunidade, quando utilizarem acesso pela Equitativa.No aguardo de que essa triste situação possa ser resolvida o mais brevemente possível.
Sobre o livre acesso:
Em primeiro lugar, é importante dizer que isso nunca esteve em questão. Sempre houve a decisão e a determinação de livre acesso para todos esses serviços listados pelos moradores dos Prazeres. Nunca foi intenção da Equitativa obstaculizar o acesso à entregas ou serviços públicos, embora saibamos que a obrigação de facilitar o acesso é do Poder Público e não nosso. Se os poderes públicos, que consentiram a instalação da favela em local inadequado e de difícil acesso, não atuam e não constroem uma via pública, isso não é um problema da Equitativa e nós não podemos ser penalizados por isso. Com isso, queremos que dizer que não é nossa obrigação fazê-lo. Trata-se de uma concessão, que deve ter prazo determinado (qual seja, a construção de outro acesso) e que esperamos, a comunidade faça mobilizações e demandas ao poder público nesse sentido.
Sobre o uso comercial de espaços da comunidade, quando utilizarem o acesso pela Equitativa:
Isso é um absurdo. Usar esse espaço que é cedido de forma solidária e gratuita para lucrar e comercializar é a maior das perversidades. Usar esse espaço de forma comercial é um absurdo que beira a falta de ética. E isso, sim, é demanda semelhante ao que o senso comum chama de "classe média" que quer sempre tirar vantagem. Parece-nos o abuso sobre uma concessão, sobre um favor, uma ajuda. Não pretendemos usar nosso estacionamento de forma comercial, como ficará claro abaixo. E, obviamente, ninguém pode fazer isso por lei e por questões éticas.
Sobre o estacionamento:
Estacionamento, em qualquer local do Rio de Janeiro, do Brasil e do mundo, quando não é público, é pago. E o estacionamento da Equitativa não é público e nem pretendemos lucrar com ele. Assim, ele deve ser reservado exclusivamente ao uso de moradores que vivem nesse espaço e pagam condomínio. Dispomos de 90 vagas e existem 120 carros de moradores. Não nos sobram vagas de estacionamento. Se não sobram, não teríamos porque cedê-las a qualquer título. E essa demanda, nos parece, também se assemelha à demandas feitas por pessoas que querem tirar vantagem e usar de forma abusiva "coisas" alheias. Há, aqui, um extrapolamento em relação a uma concessão de passagem. Parece haver interesse em tirar vantagem.
Sobre a retirada da coluna do meio do portão de pedestres:
Essa demanda não faz sentido. Deficientes do morro podem usar o elevador, sempre puderam. Pessoas magras, passam por ele. Os obesos, gravemente obesos e portanto doentes, podem ter a mesma concessão de subir ou descer pelo elevador. E os gordinhos, bem, esses passam pelo portão de pedestres.
Esperamos que, com o amplo conhecimento e divulgação do conteúdo dessas demandas, a população veja os abusos que estamos, há anos, sofrendo. A comunidade não está interessada somente no acesso à suas casas como querem fazer crer.
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